sábado, 18 de julho de 2015

DESPERTA O TU QUE DORMES . E CRISTO O LEVANTARA DENTRE OS MORTOS.



Desperta, ó tu que dormes,
levanta-te de entre os mortos, e Cristo
te iluminará. Ef. 5:14

TEXTO BÍBLICOS: “ 1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. 2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. 4 As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
5 Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7 com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. 8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. ” (Isaías 6:1-8 RA)

1. Introdução
Isaías viveu numa época em que a frieza espiritual predominava na vida da maioria das pessoas. O capitulo 1 do livro de Isaias nos traz uma visão geral das condições espirituais do povo de Deus: Muitos viviam em pecado, outros rejeitavam uma vida comunhão, e eram indiferentes a palavra do Senhor. O caos moral e a frieza espiritual prevalecia ao ponto de Deus rejeitar os cultos e sacrifícios que eram oferecidos no templo.
Na Bíblia encontramos muitas ilustrações sobre a frieza espiritual. Na parábola das dez virgens, por exemplo, vemos o mau exemplo de cinco que são imprudentes, pois se acomodam e não colocam o azeite em suas lâmpadas, não se preparando para o encontro com o noivo. Elas ilustram a condição daqueles crentes que não se preocupam com consagração e compromisso com Cristo, que é o noivo da sua igreja. Na parábola dos talentos temos o mau exemplo do servo negligente, que enterra seu talento e se acomoda em não produzir frutos. Por causa da sua negligencia, ele perde honras e privilégios. No livro de apocalipse capitulo 1, Jesus adverte a igreja de Efeso, por não ama-lo tanto como antes. Jesus chama aqueles crentes para que se arrependam e voltem a servi-lo como antes, retornando ao primeiro amor.
Mas não devemos ficar desiludidos, porque Deus sempre realiza grandes avivamentos em épocas de crise espiritual. Quando o mundo esta cheio de pessoas vazias é que devemos começar a buscar um avivamento. Quando a terra do nosso coração esta seca e sedenta de Deus devemos buscar por um avivamento. Quando há pouco interesse pela palavra de Deus, pela oração e por uma vida de consagração, devemos buscar avivamento.
Através do avivamento, a igreja e os crentes passam a ter mais sede de Deus, passam a buscar mais a intimidade de Deus, desejam mais o próprio Deus e a sua palavra.
2. Foi num cenário de vazio e corrupção espiritual que Deus desperta Isaias.
Isaias foi o instrumento que Deus queria levantar para confrontar a frieza espiritual do seu povo e anunciar a sua palavra. É interessante destacar que no capitulo 6, um serafim toca Isaias com uma brasa. Mas, você notou onde ele toca o profeta: Na boca. Isto acontece porque Deus estava preparando Isaias para anunciar sua palavra a uma geração espiritualmente decadente.
Acredito que algo parecido pode acontecer com muitos aqui. Deus pode tocar em você com o objetivo de despertá-lo e prepará-lo para anunciar a sua palavra.
Este capitulo 6, relata a experiência que Isaías tem com Deus. Por meio desta experiência Deus começa a despertá-lo para pregar a sua palavra àqueles que estavam espiritualmente frios e distantes do Senhor.
3. A experiência de despertamento espiritual de Isaias passa por quatro estágios:

3.1 O primeiro estagio: Contemplação; Ele viu o Senhor. V. 1-4
Isaias ve o Senhor num alto e sublime trono, numa época em que o rei Uzias havia morrido. A morte do rei deixou um vazio no poder gerando disputas pelo trono. As perspectivas eram desanimadoras naquele tempo.
Alguém já disse que “quando as perspectivas são desanimadoras, devemos olhar para o alto!” Para o jovem Isaias as circunstancias eram difíceis. O rei havia falecido, sua nação estava em perigo e havia um grande vazio moral e espiritual. Mas o que Isaías viu ao olhar para o alto? Ele viu Deus assentado em seu trono reinando como soberano do universo! Do ponto de vista humano a terra estava em caos e o trono de rei Uzias estava vazio. Do ponto de vista celestial, toda a terra e os homens estavam sob o governo de Deus e o seu trono nunca ficará vazio.
Quando as circunstancias são difíceis para nós ou quando nossos problemas tornam-se maiores do que nossas forças, é bom ver as coisas do ponto de vista celestial.
A visão de Deus em seu trono, renova as esperanças de Isaias, e lhe revela que Deus esta no controle da história de seu povo. Quando Isaias anunciava a palavra de Deus para aquela geração e enfrentava perseguições, certamente se lembrava que Deus estava no controle absoluto de todas as circunstâncias, e esta lembrança lhe renovava.
Ilustração. Conta-se a respeito de uma senhora muito pobre telefonou para um programa evangélico de rádio pedindo ajuda. Um bruxo que ouvia o programa, resolveu pregar-lhe uma peça Telefonou para a rádio e obteve seu endereço. Chamou seus "secretários" ordenou que fizessem uma compra e levassem para a mulher, com a seguinte orientação: Quando ela perguntar quem mandou as compras, respondam que foi o diabo que enviou tudo aquilo! Ao chegar a casa, a mulher os recebeu com alegria e foi logo guardando os alimentos na sua prateleira, mas… não perguntou quem lhe havia enviando. Os "secretários" do bruxo, sem saber o que deveriam fazer, provocaram a pergunta: – A senhora não quer saber quem lhe enviou estas coisas? A mulher, na maior simplicidade da sua fé, respondeu: – “Não, meu filho. Não é preciso. Quando Deus manda, até o diabo obedece!”
Quem faz missões, quem anuncia a palavra de Deus precisa confiar na soberania de Deus sobre todas as circunstancias. Deus tem o controle absoluto de tudo.
3.2 O segundo estagio do despertamento de Isaias: Introspecção; Ele viu a si mesmo. V. 5-7
A visão de um Deus completamente santo e que esta assentado em seu trono, faz com que Isaias tenha consciência de quem ele é. Ele declara no verso 5: “Ai de mim! Estou perdido! Pois os meus lábios são impuros, e moro no meio de um povo que também tem lábios impuros. E com os meus próprios olhos vi o Rei, o SENHOR Todo-Poderoso!”
Isaías é profundamente tocado pela visão de Deus e confessa que era um pecador. Ele reconhece suas fraquezas, seus limites e sua dependência de Deus.
Algo importante que aprendemos aqui é que antes de ministrarmos aos homens é importante nos permitir ser ministrados por Deus. Antes de falarmos de salvação e arrependimento a outros é importante que nos arrependamos dos nossos pecados.
Ao estar consciente de quem é, Isaias suplica a Deus para ser purificado. No intimo de Isaias estava o mesmo anseio do salmista quando declara: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável”. Salmo 51:10.
Deus atende ao pedido do profeta e envia um anjo que tem em suas mãos uma brasa. O anjo toca a boca do profeta com aquela brasa. Esta brasa é vista como o fogo purificador. Ela simboliza o Espírito Santo purificando a boca do profeta. O toque desta brasa simboliza Deus capacitando o profeta com seu poder para falar a sua mensagem.
Quando Moises diz ao Senhor que era incapaz de falar em Ex.4: 10, Deus lhe diz no verso 12, que lhe ensinaria o que dizer. Deus nos capacita para realizar a sua obra. É ele quem nos prepara, por isso não temamos.
Talvez você esteja diante de uma situação difícil, dizendo: “Eu não posso”. Mas lembre-se que Deus pode! Talvez diga “Eu não sei”. Mas Deus sabe de todas as coisas. Ou declare “Eu não sou”. Mas Deus é. Ou diz “Eu não tenho”. Mas Deus tem. Lembre-se, se fôssemos capazes de tudo, não precisaríamos de Deus.
3.3 O terceiro estagio do despertamento de isaías: Visão; Ele viu a necessidade (v.8)
Após ter a sua boca purificada pela brasa, Isaías testemunha Deus bradar: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?”. A nação precisava de Deus e o Senhor queria um servo para ministrar ao povo.
Deus esta a procura de pessoas para estas sejam os canais de sua mensagem. Em Lucas 10:2, Jesus nos faz a seguinte advertência: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” No reino de Deus nunca há desemprego, porque os trabalhadores são poucos.
Há muitos perdidos, mas poucos se dispõem para anunciar o reino. Por este motivo, Paulo pergunta em Romanos 10:14: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”.
Isaias tinha consciência de seus pecados, de seus limites e fraquezas, mas ele viu a necessidade e se dispôs. Ele responde: “eis-me aqui envia-me a mim…”.
Muitos estão esperando que um anjo desça do céu para lhes ordenar que “vá evangelizar”. Mas, basta ver a necessidade, basta contemplar os campos e searas que estão brancos para a ceifa. Em Apocalipse 14:15, João vê na visão um anjo que sai do santuário, gritando em grande voz. Este anjo ordena: “Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!”. A seara já esta madura e há muito trabalho, basta vermos as necessidades que existem ao nosso redor.
Um certo escritor disse que "há crentes que na vida secular são leões que rugem, mas, na obra de Deus, são gatos velhos e cansados". Precisamos da coragem e força dos leões para realizar a obra de Deus nestes dias. Certamente Ele nos capacitará, se nos dispormos.
4. Conclusão
Isaías se dispôs. E havendo disposição, Deus nos usa para realizar coisas grandiosas. A história missionária é a história de homens e mulheres que se colocaram à disposição para levar o Evangelho aos mais remotos lugares do planeta. Estudando as biografias destes heróis que ao mesmo tempo são humanos e falhos, podemos entender que o segredo de cada um deles é que se dispuseram nas mãos do Senhor.
William Carey (1761 a 1834), Inglês, chamado o “pai das missões modernas”. Foi sapateiro dos 16 aos 28 anos de idade. Converteu-se na adolescência e pertencia a um grupo de batistas. Dedicava-se ao estudo nas horas de folga e assumiu o primeiro pastorado em 1785. Demonstrava uma forte preocupação missionária e um profundo desejo de se envolver diretamente. Numa pregação em Nottingham proferiu as palavras: “espere grandes coisas de Deus; porem tente grandes coisas para Deus”. Ele organizou a Sociedade Missionária Batista e no ano seguinte Carey rumava para a Índia. A estratégia empregada por Carey se baseava nos se­guintes pontos: ele investiu sua vida na Conversão dos indianos, na formação de uma igreja nacional, no treinamento de pastores e na tradução da Bíblia.
Apesar de muito sucesso, Carey também enfrentou enormes dificuldades familiares e uma situação econômica difícil. Sua determinação e disposição para servir, fez superar as adversidades e Carey marcou uma era, deixando uma ínspiração missionária para as gerações posteriores e influências positivas no seu país de trabalho.
Hudson Taylor (1832 a 1905), inglês, filho de um farmacêutico e pregador metodista leigo. Converteu-se aos 17 anos, mas desde criança queria ser missionário. Em 1853 viajou para a China onde mais tarde fundou a “Missão para o interior da China”. Em sua estratégia de trabalho, destaca-se seu desejo de identificação com o povo chinês. Vestiu-se como os chineses igualando-se a eles o máximo possível, inclusive quanto ao cabelo e às unhas. Recebeu, por isto, muitas críticas de seus colegas missionários, mas mesmo assim prosseguiu e muitos se converteram.
David Livingstone (1813 a 1873), Escocês, estudou medicina e teologia, finalizando os estudos em 1840, e se dispôs para ser enviado no mesmo ano para a África, pela Sociedade Missionária Londrina. Foi um grande desbravador do interior africano, contribuindo, tanto para a divulgação do Evangelho, como para a exploração do continente. Muitos foram conduzidos a Cristo através de seu testemunho.
Estes e tantos outros perceberam a necessidade, viram que os campos estavam maduros para a ceifa, e se dispuseram para anunciar o evangelho do reino.
Em Lucas 13:7 Jesus conta a história de um agricultor que cuidava de uma figueira há três anos. Ele procurava frutos nesta figueira, mas não os achava. Então ele ordena que ela seja cortada, pois estava ocupando inutilmente espaço na terra.
Em isaias 5, Deus compara o seu povo a uma vinha. Ele planta esta vinha num lugar de muita prosperidade. Ele a cerca, o que simboliza sua proteção. Ele a limpa, o que simboliza a santidade sendo gerada em nós. Ele edifica uma torre, o que simboliza que Ele nos protege. Ele constrói um lagar. O lagar era um tanque onde as uvas eram esmagadas para que o suco fosse produzido. Este lagar simboliza que Deus nos trata. No verso 4 deste Capitulo Deus diz que fez tudo o que podia pela sua vinha, mas sua vinha produziu uvas azedas em vez de uvas doces. Sua vinha, que simboliza o seu povo, não estava produzindo bons frutos, e isto deixa Deus indignado, e o Senhor resolve castigar os israelitas por não produzirem bons frutos.
Meu apelo a cada irmão que aqui se encontra nesta ocasião, é que nós não sejamos encontrados por Deus na condição de uma figueira ou de uma vinha que está sem frutos, ocupando inutilmente o espaço. Que Deus encontre em cada um de nós os frutos de uma vida comprometida, com a evangelização, com o amor e dedicação a sua obra.
Que Deus nos abençoe, em nome de Jesus, amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deus te abençõe sempre !!