domingo, 26 de julho de 2015

EXPONDO O EVANGELHO DE MARCOS – CAPITULO 01
A palavra evangelho significa “boas novas” (1:14-15; 8:35; 10:29; 13:10; 14:9; 16:15). O Antigo Testamento usava a palavra para “boas-novas de vitória” (1 Rs 1:42; Is 40:9; 41:27; 52:7; 61:1); e, no Novo Testamento, ela designa a mensagem de Jesus Cristo, o Filho de Deus que mor­reu pelos pecados do mundo (1 Co 15:1-8; Gl 1:6-17). Marcos dá-nos as “credenciais” pessoais de Jesus Cris­to, o Servo de Deus.
I.             Proclamação (1:1-8)
Marcos declara desde o início que Jesus é o Filho de Deus, testemunho que ele dá ao longo do livro (1:11; 3:11; 5:7; 9:7; 12:6; 13:32; 14:61-62; 15:39). Marcos cita Malaquias 3:1, no versículo 2, e Isaías 40:3, no ver­sículo 3, duas passagens que se re­ferem a João Batista, quem preparou o caminho do Senhor. Sempre que uma pessoa notável vai a uma cida­de, fazem-se reparos nas estradas a fim de facilitar a jornada delas. Na­quela época, o povo de Israel estava em um período de “deserto espiritu­al”, e João tinha de prepará-los para a chegada do Filho de Deus, o Servo (Lc 1:13-17,67-79). Ele queria tirá-los de sua escravidão espiritual em um “segundo êxodo” que os levaria à salvação.
O ministério de João foi eficaz, e as pessoas responderam com entusiasmo. Contudo, os líde­res espirituais não se arrependeram nem creram no Salvador e, no fim, permitiram que João fosse morto (11:27-33). João foi o último profeta do Antigo Testamento e apresentou o Messias à nação (Mt 11:1-19).
II.            Reconhecimento (1:9-13)
Jesus não foi batizado porque era um pecador arrependido, já que ele é o Filho de Deus sem pecados. Seu ba­tismo com água é um retrato de seu batismo com sofrimento na cruz (Lc 12:50), quando as “ondas e vagas” do julgamento de Deus vêm sobre ele (SI 42:7; Jn 2:3). Ele “cumpre toda a justiça” por intermédio de sua morte, sepultamento e ressur­reição (Mt 3:15).
A voz do Pai e o Espírito, na forma de uma pomba, reconhecem a divindade do Servo. Sua vitória sobre Satanás é uma pro­va adicional de sua filiação divina. O primeiro Adão fracassou em um adorável jardim (Gn 3; 1 Co 15:45), enquanto o último Adão derrotou o inimigo em um deserto terrível.
III.           Poder (1:14-25)
Jesus chegou à Galiléia como pre­gador e anunciava as boas-novas de que o reino de Deus chegara para os homens na pessoa do Servo do Senhor. Jesus, antes de revelar os fatos sobre sua morte na cruz, ain­da podia convidar as pessoas a crer nele para que fossem salvas.
IV.          Poder sobre o destino (vv. 16-20)
Alguns meses antes, Pedro, André, Tia­go e João conheceram Jesus e creram nele (Jo 1:35-49), mas esse era o cha­mado deles para o ministério em tem­po integral como discípulos. Zebedeu devia ter um negócio lucrativo, já que podia contratar trabalhadores, por isso a partida dos filhos não o empobreceu. Pelo menos, sete dos discípulos do Se­nhor eram pescadores profissionais Jo 21:1-2). Os pescadores têm coragem, tenacidade e disposição para trabalhar duro e sabem trabalhar em grupo. Es­sas são boas qualidades para os “pes­cadores de homens”.
V.            Poder sobre demônios (vv. 21-28)
Jesus fez seu “quartel-general” em Cafarnaum (2:1; 9:33) e partiu de lá para vários lugares do país a fim de ministrar. Ele, com freqüência, ensi­nava nas sinagogas locais e, nesse sá­bado específico, libertou um homem do poder de um espírito imundo. Mesmo os demônios têm de confes­sar que Jesus é o Filho de Deus, mas a confissão deles não os salva (Tg 2:19). Muitas vezes, Marcos registra o maravilhamento das pessoas (1:22,27; 2:12; 5:20,42; 6:2,51; 7:37; 10:26; 11:18). Essa obra de poder espalhou a fama de Jesus por outros lugares.
VI.          Poder sobre a doença (vv. 29­34,40-45)
A casa de Pedro torna-se um lugar de cura para a cidade toda! Como é importante que após a adoração levemos “Jesus para casa conosco”! O Senhor satisfaz o necessitado da casa e, depois, usa essa casa para satisfazer a necessidade dos outros. A multidão só vem no fim do sába­do, pois a tradição religiosa proíbe a cura no sábado. Todavia, Jesus já quebrara de propósito essa tradição (1:21 -28) e faria isso de novo (3:1-5; Jo 5; Jo 9). Marcos faz distinção en­tre os enfermos e os endemoninhados (1:32). Embora o demônio possa causar algumas das aflições físicas (Lc 13:10-17), nem todas as doen­ças têm origem demoníaca.
Os leprosos eram proibidos de se aproximar das pessoas; ti­nham de manter-se a distância e gritar: “Imundo! Imundo!”. (Veja Lv 13:44-46.) Contudo, esse ho­mem ouvira falar de Jesus e tinha certeza de que ele o curaria (1 Tm 2:4; 2 Pe 3:9). Tecnicamente, Jesus torna-se “impuro” quando toca o leproso, mas seu toque traz cura imediata para o homem. Para co­nhecer o ritual de restauração pelo qual o leproso curado tem de pas­sar, leia Levítico 14 e note que o ri­tual é um retrato da obra expiatória de Cristo. Marcos menciona outras três vezes a compaixão de Jesus (6:34; 8:2; 9:22).
VII.         Poder em oração (vv. 35-39)
Independentemente de quanto o Servo trabalhe para ajudar os outros, ele sempre reserva um tempo no início da manhã para estar com seu Pai (Is 50:4). Essa era a fonte de seu poder, pois Jesus serviu na terra da mesma forma que você e eu devemos servir: pela fé e depen­dendo da força do Espírito. Deus nao abençoa o esforço dos trabaIhadores que são ocupados demais para orar Oo 15:5). Se o Filho do Senhor tinha de passar um tempo em oração enquanto ministrava na terra, imagine quanto mais nós pre­cisamos orar!

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