domingo, 13 de setembro de 2015

OS TRES PREGOS DA CRUZ


Marcos 8.34-38

-Introdução: Presume-se que na crucificação foram usados três pregos: um para cada mão e outro nos dois pés apoiados um sobre o outro. Por isso vamos usar estes três pregos como ilustração para falar sobre esta crucificação  (Gálatas 2.20).

A doutrina da cruz é o Evangelho. Embora pareça algo vergonhoso (v.38) diante dos homens e uma loucura que só pode ser entendida espiritualmente (I Coríntios 1.18). Precisamos ‘pregar’ mais sobre a cruz, mas para isso estamos expostos a estes ‘pregos’ que nos ferem e nos seguram pendurados na cruz.

O que está te crucificando?

Vamos refletir sobre os três ‘pregos’ que nos prendem à cruz:






Prego - NEGAÇÃO: v.34 “a si mesmo se negue”.

A primeira coisa que nos prende à cruz é a difícil tarefa de negar as vontades da carne. Este negar a si mesmo é dizer não para o próprio querer. Estamos acostumados a dizer não para as pessoas, mas não é fácil dizer não para o eu.

Experimente fazer isso: diante de uma vontade qualquer, diga a você mesmo que não vai fazer. Será uma grande luta entre a carne e o espírito (Marcos 14.38). Isso dói como uma martelada.

 Quando resistimos ao pecado em prol da vontade de Deus estamos crucificando nossa carne com o pecado (Hebreus 12.4).

Diga não às suas vontades pecaminosas!



Prego - SEGUIR: v.34 “tome a sua cruz e siga-me”.

O segundo prego representa o discipulado. Quando seguimos Jesus estamos indo na mesma direção que Cristo rumo ao calvário. Muitos querem seguir pessoas famosas e bem sucedidas. Mas seguir a um condenado rumo à crucificação é algo que poucos fariam. Contudo Jesus foi à nossa frente levando o peso dos nossos pecados (Isaías 53.3,4).

Seguir significa repetir os mesmos atos. Ir à mesma direção. Ao seguir Jesus estamos deixando de ir para onde queremos para ir onde Jesus está (I João 2.6). Como Simão Cireneu que seguiu Jesus na crucificação e por isso teve que ajudar a levar a cruz (Lucas 23.26).

Quando seguimos a Jesus, estamos com os pés presos à cruz e de lá não podemos sair até que sermos ressuscitados para uma nova vida.

Siga o exemplo Cristo em tudo que fizer!



Prego - PERDER: v.35,36 “quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á”.

A terceira martelada é uma das mais dolorosas. Estamos acostumados a ganhar e receber. Ninguém gosta de perder. Por isso dói tanto quando passamos pela cruz nas perdas da vida. Contudo é preciso perder para ganhar (Filipenses 2.7-9).

A mão perfurada pelo prego da perda não tem forças para segurar suas opiniões e desejos. Este prego nos faz sentir incapazes de pegar qualquer coisa, com a mão vazada tudo se escorre pelas feridas. Assim nos sentimos quando perdemos.

Quando passamos pela crucificação abrindo mão de qualquer coisa em prol de nossa fé em Jesus, ficamos presos à cruz como Cristo estava. Mas é neste momento que nossos braços estão abertos para Deus (Colossenses 2.12). Não importa o que você perdeu e sim o que ganhará na ressurreição (I Coríntios 4.14).

Para ganhar é preciso perder!

Não deixe a sua cruz!

-CONCLUSÃO:

Os pregos na cruz não seriam suficientes para prender Jesus, nem mesmo para mata-lo. O que o prendeu ali foi o seu amor pelas almas, que o fez morrer voluntariamente por nós (João 10.18).

O que nos prende à cruz são estes ‘pregos’ do negar a si mesmo, do seguir a Cristo e perder as coisas do mundo. Toda vez que passamos por estas coisas ficamos mais presos à nossa cruz. Embora na cruz não conseguimos fazer nada, isso é ótimo, porque então Deus realiza tudo em nós.

Abra as mãos e leve sua cruz!


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